Resumo dos 5 últimos prefeitos de São Paulo

Resumo dos 5 últimos prefeitos de São Paulo

São Paulo, a maior cidade do Brasil e da América Latina, é um importante centro político, econômico e cultural. A cidade tem sido governada por prefeitos de diferentes partidos e estilos de liderança nas últimas décadas, refletindo a complexidade dos desafios urbanos e as transformações sociais e econômicas. Este artigo explora as características dos cinco últimos prefeitos de São Paulo e as marcas que cada um deles deixou na cidade.

 

Bruno Covas (2018-2021)

Bruno Covas

Bruno Covas assumiu o cargo de prefeito em abril de 2018, após a renúncia de seu antecessor, João Doria, para concorrer ao governo do estado. Com apenas 38 anos, ele se tornou um dos prefeitos mais jovens da história da cidade. Filiado ao PSDB, Covas governou com um estilo técnico e pragmático, focando em soluções para problemas como mobilidade urbana, saúde e educação.

Durante sua gestão, enfrentou crises significativas, como a greve dos caminhoneiros em 2018, que causou escassez de combustível, e a pandemia de COVID-19 em 2020, que exigiu medidas rigorosas de isolamento social e ampliação dos serviços de saúde. Entre suas principais realizações estão a reforma do Vale do Anhangabaú e a construção do Hospital Sorocabana, que se tornaram marcos de sua gestão . Bruno Covas destacou-se pelo forte apoio popular, em parte devido à sua postura discreta e pela luta pública contra o câncer, que o vitimou em maio de 2021.

 

João Doria (2017-2018)

João Doria
João Doria

João Doria foi eleito prefeito em 2016 com uma plataforma de renovação política e gestão eficiente. Empresário e apresentador de TV antes de ingressar na política, Doria filiou-se ao PSDB e venceu as eleições no primeiro turno com 53,29% dos votos válidos . Durante sua gestão, adotou uma postura midiática e empreendedora, promovendo programas de privatização e parcerias público-privadas, como o programa “Cidade Linda”, que visava a revitalização de áreas públicas.

Entre suas medidas mais controversas estão a restrição de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros e a remoção de grafites das ruas, gerando debates sobre a relação entre arte urbana e espaço público . Em março de 2018, renunciou ao cargo para concorrer ao governo do estado de São Paulo, o que lhe rendeu críticas por abandonar a prefeitura antes de concluir seu mandato.

 

Fernando Haddad (2013-2016)

Fernando Haddad

Fernando Haddad foi eleito prefeito em 2012 pelo Partido dos Trabalhadores (PT), sucedendo Gilberto Kassab. Professor universitário e ex-ministro da Educação, Haddad buscou implementar políticas para reduzir as desigualdades na cidade, como a ampliação do Bilhete Único e o Programa de Metas, que visava o cumprimento de compromissos de campanha .

Haddad também investiu em mobilidade urbana, com a expansão de ciclovias e corredores de ônibus, que chegaram a 400 km de faixas exclusivas para ônibus durante seu mandato . Sua gestão, no entanto, enfrentou críticas pela criação da zona de máxima restrição à circulação de veículos e pela abordagem à Cracolândia, uma região de concentração de usuários de drogas no centro da cidade . Mesmo assim, seu legado na área da educação é reconhecido, com a criação de novas escolas e a ampliação de vagas em creches.

 

Gilberto Kassab (2006-2012)

Gilberto Kassab

Gilberto Kassab, fundador do Partido Social Democrático (PSD), assumiu a prefeitura em 2006, após a renúncia de José Serra. Kassab foi eleito prefeito em 2008 e permaneceu até 2012. Sua gestão foi marcada por um foco em melhorias de infraestrutura urbana, incluindo o programa “Asfalto Novo” e a construção de novos corredores de ônibus para melhorar a mobilidade urbana .

Kassab também lançou programas de habitação popular, buscando reduzir o déficit habitacional em São Paulo. No entanto, sua administração foi envolvida em controvérsias, como o escândalo dos “supersalários” na prefeitura e questionamentos sobre contratos com empresas de limpeza urbana pelo Tribunal de Contas do Município .

 

José Serra (2005-2006)

José Serra

José Serra assumiu a prefeitura em 2005, após ser eleito no final de 2004 pelo PSDB. Sua gestão foi focada na ampliação de unidades de saúde e na construção de novos hospitais, como parte de seu compromisso com a melhoria do atendimento de saúde pública . Também deu continuidade a projetos de educação, como o programa “São Paulo Faz Escola”, que visava melhorar a qualidade do ensino fundamental na rede municipal .

Embora tenha conquistado avanços na área da saúde, sua administração enfrentou críticas por medidas de remoção de moradores de favelas e pelo aumento das tarifas de transporte público, que geraram manifestações . Serra renunciou ao cargo em 2006 para concorrer ao governo do estado, sendo sucedido por seu vice, Gilberto Kassab.

 

Conclusão

Os últimos cinco prefeitos de São Paulo apresentaram estilos distintos de liderança. Bruno Covas destacou-se por uma gestão técnica e pragmática, enquanto Fernando Haddad buscou implementar políticas sociais voltadas para a inclusão. Por outro lado, João Doria teve uma gestão marcada por polêmicas e pela priorização de parcerias público-privadas. Gilberto Kassab focou na infraestrutura, mas enfrentou desafios éticos, e José Serra centrou-se na saúde e educação, mas foi criticado por decisões impopulares.

A cidade de São Paulo continua a enfrentar desafios complexos, como desigualdade social, mobilidade urbana e sustentabilidade. A escolha do próximo prefeito será crucial para definir os rumos de uma cidade em constante transformação. A participação ativa da população é essencial para garantir uma São Paulo mais justa, inclusiva e sustentável, onde o diálogo entre sociedade e governo possa efetivamente construir um futuro melhor